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Rosa de Hiroshima
(Gerson Conrad e Vinícius de Moraes)
Pensem nas crianças
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Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
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Da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
Considerando os conflitos que estão acontecendo pelo mundo, acho importante lembrarmos de Hiroshima e Nagasaki para que a tragédia de agôsto de 1945 não volte a se repetir. Faz 61 anos que a bomba atômica explodiu na cidade de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, matando cem mil pessoas. Mesmo depois de sessenta anos os efeitos da radioatividade e o trauma ainda persistem. Nos últimos cinco anos, acontece um evento na cidade de Berkeley chamado “Peace Lantern Cerimony” ou “Cerimônia das Lanternas da Paz” em homenagem e em solidariedade com o povo de Hiroshima e Nagasaki.
As pessoas se encontram as 6:30 da tarde para fazer passáros de origami e lanternas de papel com uma vela no meio, que depois são lançadas na água. É muito lindo ver tantas lanterninhas coloridas boiando na água ao anoitecer. A cerimônia conta também com a participação de músicos tocando a flauta japonesa e o taiko drum (um tambor tradicional do Japão). Havia também cartazes decorados por alunos de uma escola em Hiroshima.
Berkeley é uma das 81 cidades nos Estados Unidos a fazer parte de uma ong chamada “Mayors for Peace” ou “Prefeitos pela Paz.” http://www.mayorsforpeace.org. A organização foi criada em 1982 pelo então prefeito de Hiroshima, Takeshi Araki, como uma forma de organizar cidades a nível internacional que estão interessadas na abolição de armas nucleares. No momento, 1.403 cidades de 119 paises fazem parte dessa organização. As cidades representando o Brasil são Curitiba, Rio de Janeiro, Santos(SP), Belo Horizonte, Belém e Osasco (SP).
1 Comments:
Regina,
Obrigada pelo site. Vou dar uma conferida depois com tempo.
Você tem razão: se a memória não fosse tão curta, as pessoas relembrariam o que uma guerra pode trazer: sempre só desgraçadas e nada, absolutamente nada positivo. Olha como está o Iraque: totalmente destruído, mais de 30 mil civis mortos (e sabe lá Deus como morreram). Olha como para onde estão encaminhando o Líbano e Israel.
Com o passar do tempo desacredito mais em mais em governos, e começo a achar que é nossa função como "mães" ou como "tias", ou como membro de uma família é a de ensinar aos nossos filhos a não guerrearem. Tenho a impressão que se uma mãe o fizer, o filho vai sempre ser lembrar disso quando crescer. O que você acha? Essa coisa de morrer pelo país e "viver sem razão" é uma loucura, e não tem nada de heroísmo aí.
Ah, o poema de Vinícius é magnifíco. Boa semana.
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