Amamentando em massa – Parte II
Nos Estados Unidos as mulheres podem amamentar em público em trinta estados. Dentre os vinte estados onde amamentar em público é considerado ilegal, quinze estados podem processar a mulher por indecência e atentado ao pudor. Já na Califórnia, a lei não só permite que as mães amamentem em público como também lhes dá o direito de processar alguém que não lhe permita fazer o mesmo. Na Califórnia e em Nova York, o direito de amamentar é considerado parte dos direitos civis da mulher.
O puritanismo da sociedade americana não é nenhuma novidade. Mas segundo Mary Lofton, da La Leche League Internacional, numa entrevista publicada na revista eletrônica Womensenews (http://www.womensenews.org/article.cfm?aid=2077), no início do século passado ninguém reparava quando uma mulher amamentava uma criança na igreja. Foi a partir dos anos 50, principalmente através de Hollywood, que os seios ganharam tanta notoriedade. Segundo ela, as pessoas tem dificuldade de associar os seios com a sua função natural da amamentação porque os seios são hiper-sexualizados na cultura americana. As mesmas pessoas que tem dificuldade de aceitar uma mulher amamentando em público não vê nenhum problema com uma adolescente praticamente expondo os seus seios num shopping center, continua ela.
A recomendação da Academia de Pediatria Americana é para se amamentar o bebê até pelo menos um ano de idade, mas a atitute da sociedade em relação à amamentação em público não encoraja as mulheres a amamentarem os filhos por um prazo muito longo. Embora a porcentagem de bebês que são amamentados nos hospitais esteja por volta de 70%, esse número cai para 33% após os primeiro seis meses de vida.
No verão de 2004, Lorig Charkoudian estava amamentando a sua filha numa cafetaria da rede Starbucks em Silver Spring, Maryland, quando um funcionário pediu para que ela cobrisse a criança ou fosse dar de mamar no banheiro. Segundo Lorig só havia uma outra pessoa na cafeteria naquele momento e ela tinha as costas viradas para ele. Lorig então organizou mais de vinte mulheres para amamentar simultaneamente no Starbucks para protestar contra a intolerância da empresa em relação à amamentação. Ela até criou um website, www.nurseatstarbucks.com, para denunciar a prática da empresa. No ano seguinte a mesma coisa aconteceu em New Orleans.
Já Barbara Walters, apresentadora do programa The View - da rede ABC de televisão - e jornalista renomada, provocou a maior controvérsia no ano passado quando falou que se sentiu incomôda e enojada quando uma mulher sentada do seu lado num avião teve a audácia de amamentar o seu filho. Entre 150 e 200 mães e seus filhos, as auto-denominadas “lactivistas,” protestaram na frente da sede dos estúdios da ABC em Nova York ameaçando boicotar o programa. Aparentemente, BW ficou surpresa. Ainda precisamos colocar muito as nossas divinas “tetas al aire,” como diz uma amiga minha espanhola, para que esse país se dê conta que se trata de “just milk, pure and simple.”
Nos Estados Unidos as mulheres podem amamentar em público em trinta estados. Dentre os vinte estados onde amamentar em público é considerado ilegal, quinze estados podem processar a mulher por indecência e atentado ao pudor. Já na Califórnia, a lei não só permite que as mães amamentem em público como também lhes dá o direito de processar alguém que não lhe permita fazer o mesmo. Na Califórnia e em Nova York, o direito de amamentar é considerado parte dos direitos civis da mulher.
O puritanismo da sociedade americana não é nenhuma novidade. Mas segundo Mary Lofton, da La Leche League Internacional, numa entrevista publicada na revista eletrônica Womensenews (http://www.womensenews.org/article.cfm?aid=2077), no início do século passado ninguém reparava quando uma mulher amamentava uma criança na igreja. Foi a partir dos anos 50, principalmente através de Hollywood, que os seios ganharam tanta notoriedade. Segundo ela, as pessoas tem dificuldade de associar os seios com a sua função natural da amamentação porque os seios são hiper-sexualizados na cultura americana. As mesmas pessoas que tem dificuldade de aceitar uma mulher amamentando em público não vê nenhum problema com uma adolescente praticamente expondo os seus seios num shopping center, continua ela.
A recomendação da Academia de Pediatria Americana é para se amamentar o bebê até pelo menos um ano de idade, mas a atitute da sociedade em relação à amamentação em público não encoraja as mulheres a amamentarem os filhos por um prazo muito longo. Embora a porcentagem de bebês que são amamentados nos hospitais esteja por volta de 70%, esse número cai para 33% após os primeiro seis meses de vida.
No verão de 2004, Lorig Charkoudian estava amamentando a sua filha numa cafetaria da rede Starbucks em Silver Spring, Maryland, quando um funcionário pediu para que ela cobrisse a criança ou fosse dar de mamar no banheiro. Segundo Lorig só havia uma outra pessoa na cafeteria naquele momento e ela tinha as costas viradas para ele. Lorig então organizou mais de vinte mulheres para amamentar simultaneamente no Starbucks para protestar contra a intolerância da empresa em relação à amamentação. Ela até criou um website, www.nurseatstarbucks.com, para denunciar a prática da empresa. No ano seguinte a mesma coisa aconteceu em New Orleans.
Já Barbara Walters, apresentadora do programa The View - da rede ABC de televisão - e jornalista renomada, provocou a maior controvérsia no ano passado quando falou que se sentiu incomôda e enojada quando uma mulher sentada do seu lado num avião teve a audácia de amamentar o seu filho. Entre 150 e 200 mães e seus filhos, as auto-denominadas “lactivistas,” protestaram na frente da sede dos estúdios da ABC em Nova York ameaçando boicotar o programa. Aparentemente, BW ficou surpresa. Ainda precisamos colocar muito as nossas divinas “tetas al aire,” como diz uma amiga minha espanhola, para que esse país se dê conta que se trata de “just milk, pure and simple.”
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